Monday, December 21, 2009

Giramundo

É, depois de um longo tempo, voltamos aqui a esse cantinho. Passando meus olhos pelos posts passados, posso perceber que de fato sou uma metamorfose ambulante. Soa um pouco pedante falarmos de nós mesmos, mas também nem me preocupo muito com isso. Mas que loucura, incoerência, ironia tantas outras coisas mais que é essa nossa vida né. E ela, gira, gira, gira, gira...assim como o mundo que vivemos.

Tantas coisas vejo, tantas coisas observo e no final das contas vejo que o melhor de tudo é poder mudar assim que sentirmos vontade. Que me perdoe Elisa Lucinda, mas a rotina às vezes é meio chata demais para podermos colocar a nossa vida. Ter a oportunidade de mudar, contrariar expectativas, de fazer o que sentimos ser o certo é realmente o que guia a vida do ser humano.

E que ano de mudanças e de metamorfoses que foi esse ano em minha vida! Foi um ano de muitas lutas. Perdi meu pai, me vi tendo que mudar tudo em minha vida para que eu deixasse de ser um menino e me tornasse em homem de fato. E isso é bom. Fico feliz com o que acontece. Não abandonei meu blog não. Segui a letra de uma música do Ney, que diz: "Saia pro mundo, caia do blog e se joga!" E eu me joguei!

E me jogando vou vivendo e buscando a luz de Deus para brilhando em mim.

O mundo gira e cá estamos nós!

Sunday, May 24, 2009

Confissões de uma mente perigosa

Final de semana movimentado. Teatro, encontros com amigos, encontro. Na verdade nem foi um encontro, foi uma trombada. Digo trombada, pois não foi algo lá assim combinado, mas foi bacana, pois as coisas de vez em quando precisam acontecer, vamos combinar né? Estou num momento de minha vida que não tenho tido muita paciência com determinadas coisas. Nunca gostei de juizo de algo hipotético. Parece que não, mas em muito há relação com o que estou escrevendo.

Hoje mesmo, estava num churrasco na casa de amigos, e fizemos um comentário específico a respeito de alguém que não é muito agradável conosco. Isso não é hipotético, isso é real. A pessoa é complicada. E não quero ser o policamente corretinho: EU NÃO GOSTO DE PESSOAS. Não de todas, mas não gosto de algumas e, a não ser que haja um milagre tremendo, permanecerei não gostando e não tendo vontade de ter por perto. Agora, se estabelecer um padrão comportamental a alguém, principalmente no que diz respeito à sentimentos e relacionamentos, é algo simplesmente impossível e impraticável. Estabelecer um pré julgamento, destilando opiniões é leviano. Julgar em cima de uma opinião é burrice e preconceito. Eu mesmo por exemplo, já traí, já fui de uma linha de comportamento nada louvável (o tal "piranheiro"). Mas isso não significa que isso seja via de regra, e pior, eterna. Nesse momento mesmo, estou solteiro, sozinho por opção e satisfeito por isso. Mas se alguém tiver algo que me prenda, será essa a pessoa que terá o que tenho por precioso em meu âmago.

O título "Confissões de uma mente perigosa", não diz respeito às minhas divagações, e sim da mente humana, que é extremamente traiçoeira e de fato, perigosa. Aquilo que você tem para você, não é necessário que você leve para o mundo. Confesse a si mesmo seus demônios e não confie nem na sua sombra se ela estiver por perto. Mantenha sua mente sempre nas suas rédeas; nunca, jamais permita que terceiros a cavalguem. Autenticidade, coragem e principalmente, transparência sempre te deixarão a salvo de intervenções externas. E não veja além do que está diante dos seus olhos. Ninguém é tão bom que não erre e nem tão ruim para que não mude. Os seres humanos são lindos e foram criados assim, pelo simples fato de serem humanos, caranais, falíveis e mutáveis. É assim que afastamos as confissões de mentes perigosas!

Saturday, April 25, 2009

Mano Velho

Outro dia retornei à minha infância. Moro no mesmo bairro há anos e é interessante como as coisas mudam muito sem mudar nada. Fiz um passeio com um amigo pela rua que eu morava quando era mais novo, o prédio que eu morava quando era criança. Lembro-me de como eu era travesso. Morava com meus pais no apartamento 301 do Ed. Ava, número 1154 da Rua José Neves Cypreste. No apartamento embaixo do meu, morava um velhinha muito chata, que não gostava de crianças. Na janela do meu apartamento tinha grade e eu ficava lá direto com meu pai. Um dia, não é que eu inventei de fazer xixi na cabeça dessa senhora do 201? Como pode né!!!

Pois é, esse dia foi um dia de lembranças. Passei pela minha escola que estudei minha infância e boa parte e minha adolescência. Eu achei engraçada a sensação que eu tive quando percebi a diferença e visão que o tempo causa em nós. Como eu disse no início, acho interessante como as coisas mudam sem mudar nada. Lembro-me de como era enorme a praça que hoje acho pequena, na mesma rua onde cresci. Assim minha escola, que nem tão grande assim. As escadas, que mais pareciam de um convento de tão grandes, hoje já não me assustam.

Assim também é conosco. O tempo interfere diretamente como vemos as coisas. Momentaneamente podem ser grandes, as escadas, os problemas, os sentimentos...as pessoas. Alguém que você amou muito, hoje nada mais é. Um problema indissoluto no passado, hoje nem problema é, torna-se um situação, que você tira de letra. A vida é assim mesmo, ela é sujeita ao tempo assim como o ferro é sujeito à maresia, ação essa que também é causada pelo tempo.

Existe um ditado que diz que o tempo é o senhor da razão. E gosto de ditados assim, pois normalmente, ditos ppulares contém verdades absolutas (se é que elas existem, depende do tempo em que se vive também). Mas é muito legal parar e olhar pra trás e ver como nós amadurecemos com a ação do tempo. Ações que eu outrora praticava e não abria mão, hoje já não fazem parte de minha vida, não fazem mais parte da verdade daquilo que sou. O nome disso é amadurecimento. Como diria Fernanda Takai: "tempo, tempo, mano velho...", ele corre macio, nós é que muitas vezes não percebemos o quanto temos mudado, melhorado por conta da ação do tempo em nós. E isso é tão proveitoso.

Existem pessoas que sofrem do que chamo de síndrome de Peter Pan, que são aquelas que não querem envelhecer de forma alguma. Quantas e quantas atrizes e gente famosa que vive escravizada por conta de uma imagem de juventude eterna, gente com mais de 60, beirando os 70, que permanecem nos 20 e poucos anos e namorando com garotinhos de 20 e poucos. Juventude e longevidade são completamente diferentes. Não quero permanecer pra sempre jovem. Quero envelhecer, quero aprender com o caminhar da minha vida, com meus erros, meus acertos, minhas decepções e minhas glórias. Pensar em permaecer pra sempre jovem é uma escravidão que eu não suportaria jamais.

Ir atrás e ver minha infância, meu passado, minha praça e minh escola, foi bom demais pra perceber que, na mesma medida que crescemos cronológicamente, outras coisas diminuem, dentro de nós, sem precisar de mudar junto. E me deu alegira de envelhecer, andando junto com o tempo, mano velho. Amém!

Saturday, March 21, 2009

O Reino de Servos

Em uma companhia militar, algo que se é notável de imediato é a presença de um sistema hierárquico,e suas patentes.Como em uma escada, o soldado vai galgando seus espaços. Há quem seja sargento por toda vida, e há quem se dedica em crescer e efetivamente cresce em suas patentes, até chegar ao posto máximo de Marechal, que é um título exclusivamente de honra, já que a condecoração maior em serviço é General. No Brasil houve um contato próximo com a hierarquia por conta do regime repressor que atravessou três décadas no poder. E o interessante desse sistema hierárquico é que, a importância da patente era tamanha, que nem se preocupava tanto com determinados posicionamentos morais que, em tese, seriam contraditórios ao posto de um militar, pois a patente já valeria metade do caminho.

Curioso é que no reino de Deus, a hierarquia tem sido cada vez mais patente e cada vez menos cristã e mais militar. E com isso, questionamentos aparecem. O principal e mais claro é de que se esse realmente é o reconhecimento de autoridade Cristã. E outros questionamentos serão levantados a seguir.

Curioso, antes de entrar nos cernes dessas questões, é ver determinadas instituições religiosas ditas igrejas, onde pessoas galgam espaços, começando pela diaconia, passando pelo presbiterato e, em seguida é elevado ao posto de evangelista, chegando, finalmente, ao ministério pastoral, visto na atualidade como o posto mais importante, pois, ao que se imagina (erroneamente), que seja o maior de todos, por ser o ministério que exerce governo. Veja então, o que diz Jesus em Marcos 12: 42-45:

“Mas Jesus, chamando-os (Thiago e João) para junto de si, disse-lhes: Sabeis que sois considerados governadores dos povos, tem-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida por resgate de muitos.”

Esse texto é tão claro que mostra sem muita necessidade de explicações. Quem quer crescer, que sirva. E isso é que causou tamanha estranheza nas lideranças judaicas que conheceram Jesus e até hoje não consegue ser absorvido. E temos que servir como ele serviu. Ele deixou o exemplo. O Teólogo Dietrich Bonhoeffer afirma: “Nossos atos religiosos não nos tornam cristãos; o que nos faz cristãos é participarmos dos sofrimentos de Cristo em nossa vida secular.”

O Servo é aquele que ouve a voz do seu senhor, pelo Espírito e o obedece, e segue em serviço; ao Senhor, ao reino, ao corpo, aos irmãos. Para servir é necessário que entendamos que é pelo Espírito, porque o derramamento do Espírito Santo se dá juntamente com o nascimento da Igreja.

O que muitos não entendem é que toda a autoridade espiritual cabe no serviço. Pode parecer contraditório para um governo estritamente político, mas o governo de Cristo não é assim. O Reino de Deus se estabelece em Jesus, que cumpre o pacto remidor de Deus, sem modificar o passado.

Hoje, a igreja está distante de um vislumbre original. Mas ainda há esperança. Pode-se ver na igreja hoje vários grupos. Destacam-se três: PROFETAS, LEGALISTAS E MUNDANISTAS. Os profetas são aqueles que nadam contra a maré: alertam, exortam, denunciam, tudo em prol da edificação do corpo de Cristo. Já os legalistas, que normalmente governam (pastores e membros fundadores de igrejas locais, ou bem ricos), não são dos mais apreciadores dos ministérios proféticos, por irem contra a estrutura vigente e portanto, por serem ameaçadores de seus postos, o que também pode ser caracterizado por idolatria e uma das mais perigosas, a do ego. Karl Barth afirma: “Quando o céu se esvazia de Deus, a terra se povoa de ídolos”. E, por fim, os mundanistas, que normalmente não gostam nem de um, nem de outro, pois são anestesiados pelo pecado, caminhando rumo à apostasia.

O reino de Deus é a alegria do Espírito Santo. Sem o derramar do Espírito, sem a unidade em Cristo Jesus, e o serviço, a igreja perece e o mundo não reconhece a glória de Deus, porque quando o poder da unidade da igreja desaparece, os substitutos são exatamente os legalistas e os mundanistas, que de uma forma ou de outra, matam e levam a humanidade para o inferno. E essa relação está acontecendo hoje. O enfraquecimento da esperança messiânica acontece junto e por conta da institucionalização hierárquica da Igreja. O Governo é dele. O Reino é dele. A glória é dele. Somos participantes do reino por meio de nosso serviço. A chamada PAROUSIA só é visível ao mundo pelo caminho de um coração solícito, disposto a ser pequeno, a ser formiga operária, a ser anônimo. Esse sim é de grande valia para o Rei.

Nada melhor para encerrar essa reflexão com a oração sacerdotal de Jesus, em João 17:9-26:

“Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja. “

Tuesday, January 06, 2009

Maysa estréia, visceral à Maysa

Maysa, quando fala o coração, entrou em cartaz nessa segunda na Rede Globo. A história da cantora, nascida no Espírito Santo e de talento tão enorme quanto sua personalidade, é narrada com maestria sob o texto do novelista e amigo de Maysa, Manoel Carlos e sob a batuta de Jayme Monjardim, filho da cantora e idealizador do projeto.

Alguns probleminhas não deixaram de escapar, como o exagero de passagens de tempo, em alguns momentos, confundindo o que seria presente ou passado. Mas isso não afetou a qualidade primorosa qualidade da minisséria com interpretações Marcantes, destacantoa brilhante atriz estreante Larissa Maciel, numa interpretação quase que mediúnica da personagem-título.

Média de audiência alta de 35 pontos, elogios à técnica, fazem de "Maysa, quando fala o coração", um apreitivo a mais para se ver esse brilhante e belo trabalho da Globo. Finalmente. Dom Casmurro, nunca mais!

Wednesday, October 29, 2008

telona na TELINHA

João Emanuel Carneiro é o roteiristas de TV de carreiras mais meteóricas e de sucesso dentro da TV Globo. Em seu currículo apenas três novelas: Da Cor do Pecado (2002), Cobras e Lagartos (2005) e a atual A Favorita (2008). A trama que relata o duelo entre duas ex grandes amigas, é a estréia de João Emanuel na faixa nobre da emissora do Jardim Botânico. O que pouca gente sabe é que Carneiro é um roteirista de sucesso também no cinema, com duas tramas que passaram pela academia de hollywood com louvor (sim, hollywood). É dele o roteiro de Central do Brasil e Diários de Motocicleta, ambos dirigidos por Walter Salles. A minha iquietação é de buscar a resposta do porquê que um roteirista do gabarito de João Emanuel Carneiro troca a telona pela telinha, quando muitos dos profissionais de TV vão para o cinema após a consagração global (vide nomes como Daniel Filho, Jorge Fernando e Guel Arraes). A respostã não é óbvia, mas não é difícil.

A questão toda é que o cinema feito pelos últimos nomes citados é um cinema pobre, barato e quase que um especial de fim de ano da Rede Globo (alguns realmente são). Tirando o talento de Guel Arraes, que mesmo em escorregadas como A invenção do Brasil, pode receber bons créditos por O Auto da Compadecida (Microssérie da Globo que ficou cinematograficamente bem editada para a telona), os outros são muito fraquinhos, com cenários dignos de Rede Record. Já João Emanuel não. Ele trabalhava com o lado bom do cinema nacional. O lado não polarizado, não pasteurizado. E esse, carece, e muito, de incentivos. Tanto que pessoas como Walter Salles têm que sair do país para conseguir recursos para seus trabalhos.

Ao optar em roterizar novelas, João Emanuel Carneiro recebeu um (ótimo) salário, um grande prestígio pela emissora, por conta de seus dois trabalhos anteriores, com audiências mais que satisfatórias. E em sua empreitada às oito vêm carregada de novidades. Roteiro ágil, mistério desvendado no início e uma clara setorização na trama em três camadas: MISTÉRIO, TRIUNFO DO MAL, TRIUNFO DO BEM, dá fôlego à tramas de suspense em novelas, pelo novo formato, pela coragem de se desvendar um assassino logo no início da história e pelo ar de cinema que seu roteiro traz. Por essas e outras a audiência de A Favorita vem alcançando bons índices, e vai afastando nomes talentosos como João Emanuel Carneiro da sétima arte. Ganha a televisão, pelo investimento. Perde o cinema nacional, pela falta do mesmo.

Tuesday, September 09, 2008

Farewell

Me lembrei agora da cena do filme "A Noviça Rebelde", em que as crianças cantam "So long, farewell..." se despedindo teóricamente para uma noite de sono como outra qualquer, mas naquele momento, se despediam da casa, da nação, da zona de conforto que viviam, para serem mais outros perseguidos por Hitler, que naquele momento invadia a Áustria. E como era triste o olhar do patriarca daquela família, no momento daquele adeus. Pois sabia que muitas coisas, por muito tempo, não seriam da forma como eles desejariam.

Curioso que eu to falando disso, e me lembrando, talvez em um ato do meu subconsciente, me avisando que muitas coisas acontecem em nossas vidas e em determinado momento, temos que dar um "so long", como se fosse um até amanhã, ainda que se saiba que o amanhã não será tão próximo como a distância de uma noite que separa um dia do outro. Nem sempre as coisas acontecem em nossas vidas da forma que queremos. Na verdade, em diversas vezes acontecem em nossas vidas as coisas que menos esperamos e desejamos. E quando assim o é, tenta-se contornar da forma em que administre e se conviva com essas situações inesperadas e não queridas. Em situações extremas, o melhor é um "farewell", ainda que doído e indesejado. Ainda que o que se mais quer é um "hello, I miss you". Mas, muitas vezes para que possamos voltar à nossa terra, à nossa casa e aos hábitos mais comuns de nossas vidas, é necessário que haja um "audieu".

E mesmo que tanhamos esse momento, e você sabe bem o que eu estou dizendo, não me esquecerei em momento algum de cada momento, cada gargalhada, cada conversa, cuidado, afeto e toda sorte de coisas boas vividas nesses tempos, e continuo dizendo que tenho somente flores pra jogar. Sempre estarei aqui. Sempre disposto, sempre ouvinte, sempre amigo, sempre companheiro. Assim como você o é. E sei que sempre será. E toda tormenta se tranformará no melhor; assim como grandes tempestades que vêm em sua sequência, acompanhadas de muita cor, assim tenho a noção que será.

Farewell não é adeus, assim como para a família von Trapp não foi. Eles retornaram pra casa e viram uma Áustria ainda mais linda. Quando toda ferida se for, permenecerei; permaneceremos, melhores, mais maduros, mais próximos. Farewell. Até breve.