Tuesday, September 09, 2008

Farewell

Me lembrei agora da cena do filme "A Noviça Rebelde", em que as crianças cantam "So long, farewell..." se despedindo teóricamente para uma noite de sono como outra qualquer, mas naquele momento, se despediam da casa, da nação, da zona de conforto que viviam, para serem mais outros perseguidos por Hitler, que naquele momento invadia a Áustria. E como era triste o olhar do patriarca daquela família, no momento daquele adeus. Pois sabia que muitas coisas, por muito tempo, não seriam da forma como eles desejariam.

Curioso que eu to falando disso, e me lembrando, talvez em um ato do meu subconsciente, me avisando que muitas coisas acontecem em nossas vidas e em determinado momento, temos que dar um "so long", como se fosse um até amanhã, ainda que se saiba que o amanhã não será tão próximo como a distância de uma noite que separa um dia do outro. Nem sempre as coisas acontecem em nossas vidas da forma que queremos. Na verdade, em diversas vezes acontecem em nossas vidas as coisas que menos esperamos e desejamos. E quando assim o é, tenta-se contornar da forma em que administre e se conviva com essas situações inesperadas e não queridas. Em situações extremas, o melhor é um "farewell", ainda que doído e indesejado. Ainda que o que se mais quer é um "hello, I miss you". Mas, muitas vezes para que possamos voltar à nossa terra, à nossa casa e aos hábitos mais comuns de nossas vidas, é necessário que haja um "audieu".

E mesmo que tanhamos esse momento, e você sabe bem o que eu estou dizendo, não me esquecerei em momento algum de cada momento, cada gargalhada, cada conversa, cuidado, afeto e toda sorte de coisas boas vividas nesses tempos, e continuo dizendo que tenho somente flores pra jogar. Sempre estarei aqui. Sempre disposto, sempre ouvinte, sempre amigo, sempre companheiro. Assim como você o é. E sei que sempre será. E toda tormenta se tranformará no melhor; assim como grandes tempestades que vêm em sua sequência, acompanhadas de muita cor, assim tenho a noção que será.

Farewell não é adeus, assim como para a família von Trapp não foi. Eles retornaram pra casa e viram uma Áustria ainda mais linda. Quando toda ferida se for, permenecerei; permaneceremos, melhores, mais maduros, mais próximos. Farewell. Até breve.

Monday, September 01, 2008

Peregrino

Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro de que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar de minhas idéias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que oferece sonhos para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo