Tuesday, July 24, 2007

Carta à Murilo Melo Filho

Carta à Murilo Melo Filho, em resposta ao Manifesto pela preservação da Língua Portuguesa:

"Presado Sr. Murilo Melo Filho,
confesso que fui pego desprevinido ao ler seu manifesto em prol de nossa língua mater, recentemente enquanto passeava pelas folhas de meu jornal. Compreendo sua preocupação em defender o idioma português, devido à um apego importante e à sua própria formação acadêmica; porém há alguns detalhes que gostaria de contrapor às suas colocações, não com intuito de contender e sim para que seja feita uma análise afim de ter uma síntese a respeito.

É notório que a Língua Portuguesa por um momento de transformação em sua história e tem sido visto como um mal a ser sanado. Mas creio que devemos encarar a língua e a forma de como ela é usada em uma cosmo-visão, por se tratar de um idioma falado mar mais de duzentos milhões de pessoas, somente no Brasil; pessoas que têm seus históricos, regionalismos e estrangeirismos que são incorporados em sua forma de expressar via Língua Portuguesa, e que a mesma não está passando por uma depreciação e sim por mais uma fase transitória, gerada pelo povo que a utiliza e não por forças imperialistas ou estrangeirismos forçados como o senhor mencionou em seu Manifesto.

Em todo mundo, as línguas são faladas por jovens, velhos e crianças e a Língua Portuguesa também e em diversos países e cada indivíduo utiliza seus meios para aprender a utilizá-la como sua própria linguagem, e cada um fará uso de acordo com o meio em que vive e da forma que esse meio se faz compreendido. Seja na Barra da Tijuca, numa universidade ou no Pelourinho.

O que tenho a dizer é que por maior que seja a vontade de conservar a originalidade prima da Língua Portuguesa, essa luta é inglória, pois só conseguiremos aproximar do original em lugares de altíssimo nível acadêmico. E buscar por intermédio de projetos de leis impositivas também não adiantaria de muita coisa, pois o povo continuará usando a língua da forma em que seu meio de convívio utiliza, além de estampar um preconceito linguístico e social e um conservadorismo que não combina com a cara de um povo tão misturado e popular como o brasileiro.

Portanto deixe que o pova faça a língua e não o contrário!"

Wednesday, July 04, 2007

Quatro temperamentos

Uma pequena historinha ....
Os quatro temperamentos foram amarrados dentro de um saco. Depois de tanta luta conseguiram sair,o primeiro foi o colérico cheio de ira, querendo saber quem tinha feito isso com ele (todo cheio de razão), o segundo foi o melancólico todo cabisbaixo achando q o culpado de todos estarem presos era ele (sempre se culpando), logo atrás vem o sanguíneo todo serelepe, cantando e dançando dando graças a Deus por estar solto (super alto astral), por último o fleumático qd saiu logo viu o saco no chão e pensou com ele mesmo pq não?? Ajeitou o saco e dormiu.

De quem chora!

Eu não tô mais nem aí pra você. Eu que nem escrevo mais aquelas cartas de amor. Pra que? Correio não existe aqui; cartas nunca chegam pra mim e nunca saem de dentro daquele cantinho escuro que abre e fecha. Eu não to mais nem aí. Eu nem espero sua chegada e suas ligações no meio da noite, na varanda. Eu que não trago mais seu gosto. Eu que não te vejo...não quero mesmo. Eu não to. Saí, viajei, tentei, e desisti, sumindo de vez. Eu não. Eu não quero, não deixo, não faço, não permito! Não mesmo. Você indo embora assim? Você? Eu? Eu choro!

Tuesday, July 03, 2007

Não vou, pode parar.

Não vou entrar nesse jogo, pode parar. Eu não quero mais essa masturbação social onde o objetivo é só o self-pleasure. Há um paradigma a ser quebrado no meio de um individualismo exagerado. Pessoas dizem precisar umas das outras, dizem querer alguém mas não sabem viver acompanhados. Dizem querer também o silêncio mas não deixam ele surgir. E eu não entro nessa, nem a pau. Não me afasto, não me isolo, não me separo. Se alguém sair de perto, eu me aproximo. Se a dor chegar, há um bálsamos...sempre há. Só não quero viver essa coisa estranha. Pode ser impossível não viver, mas não quero.

Sei lá