Monday, January 28, 2008

Medo do medo que dá. Dá que dá no medo

Essa foi a semana em que mais falei sobre medo nos últimos tempos. E curiosamente foi a semana que eu mais me senti seguro em muito tempo. Curioso mesmo, pois muitas vezes nos enchemos de muitas coisas que fazem parecer que temos uma carapaça forte e inquebrável. Mas o sentir seguro tem um sentido etimológico muito maior.

Mas algo que eu andei falando por aí é que muitas vezes pessoas determinam o caráter e a essência de uma pessoa por conta de seus medos e de coisas que passam pela sua cabeça. Acredito que somento os mortos não sentem medo. Pois até os que sofrem patologias das masi graves e que fazem coisas das mais esdrúxulas, sentem medo. E isso não determina aquilo que faz a pessoa por dentro. Fico imaginando como deve ser triste se houvesse a possibilidade de termos um olhar além desse tempo cronológico que nos prende e víssemos ao mesmo tempo o passado, o presente e o futuro da vida inteira de pessoas que deixamos de nos relacionar simplesmente por conta de pré-conceitos, quando pensamos que a pessoa é complicada pois tem medo. Se víssemos a história de vida de cada um, talvez sentiríamos vergonha de nosso egoísmo; e também raiva por vermos que pessoas foram desperdiçadas em nossas vidas, que serviriam de grande ajuda para nossa formação de caráter.

Até que acredito que seja bom sentir medo. Pois o medo nos faz pensar e refletir em coisas que nos fazem crescer, sejam coisas ruins ou boas. Mas sentir medo é bom sim. Desde que sintamos e ele seja um aliado no caminhar de vida, para nos encorajar a ir adiante em desafios, pois quando eles passam por nós, vemos que o medo serviu apenas para que os passos fossem bem calculados, já que depois vemos que o bicho nem era tão cabeludo assim.

Foi a semana da coragem. De chuva, becos, e conversas boas!

1 comment:

Diego Moretto said...

Medo...
estranho ler isso, justamente há poucos dias me exporam tal palavra como algo que se assemelha à covardia. Covardia que faz pessoas não seguir adiante... covardia que faz, acidentalmente, pessoas machucarem outras.... covardia desnecessária e que foi colocada para mim como uma consequência do sentir medo. O mais dificil seria superar este medo, banal por sinal.
Mas agora é que vem a pergunta: E ao superar este medo?? por experiência própria, não é nada bom. O medo fez com que o que parecia concreto se trasnformasse em algo esdrúxulo, onde não houvesse culpados. Mais lamentações houveram e mais arrependimentos tbm. O medo superado da pessoa em questão, fez com que ela caisse de cara em algo que até então seria impossível. Culpa do destino? não, culpa do medo, aliás, culpa da superação do medo. Mas, por incrivel que pareça, tudo acabou muito bem. A pessoa X acredito estar bem feliz, e torço muito por ela. Em relação à mim, bom, precisei de uma noite sozinho e dois telefonemas para mim ter certeza de que mesmo que o destino (vulgo medo) não interferisse, não ia durar. A carência tbm nos engana, e a gente vê isso quando outras oportunidades batem a nossa porta. O que parecia ser um romance a la Danielle Steel, na verdade era mais semlehante à um roteiro de Almódovar, simplesmente carnal. Coisas da vida.... entender pra q??
Abraço e t+!!